Não vou me converter, já tenho religião; Sou puta. Da cor dos cabelos e das solas gastas do meu salto até o caminho de entrededos que a fumaça do meu fumo percorre...
Sou puta e sirvo...
Sirvo nas praças onde meus seios caminham.
Vigoram, gloriosos, sob teto espelhado.
Sou puta sem querer, nem planejei, fui cuspida assim.
Respeito!
Me prenho dos sóis que é quando me trazem, os ventos, leveza de dia.
E me estupro por gravatas em cenário de qualquer lua.
Nua.
Crua.
Sempre!
Otto Barros
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